O que é o VIH / SIDA?
Síndroma (conjunto de sintomas)
Imunodeficiência (sistema de defesa do organismo)
Deficiência (falha)
Adquirida (não hereditária)

A SIDA, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida é uma doença provocada pelo VIH, Vírus da Imunodeficiência Humana. Este ataca o sistema imunitário do nosso organismo, destruindo a nossa capacidade de defesa em relação a muitas doenças.
O doente infectado pelo VIH fica progressivamente débil, frágil e pode contrair várias doenças que o podem levar à morte. Estas doenças normalmente não atacam as pessoas com um sistema imunitário que funcione bem, pelo que são designadas doenças oportunistas. Como exemplo de doenças oportunistas podemos destacar a tuberculose, pneumonia, Infecções fúngicas recorrentes na pele, boca e garganta
A SIDA provoca ainda perturbações como perda de peso, tumores no cérebro e outros problemas de saúde que, fatalmente, levam à morte. Esta síndrome manifesta-se e evolui de modo diferente de pessoa para pessoa.

DIFERENÇAS ENTRE ESTAR INFECTADO PELO VIH E TER SIDA
O sistema imunitário de uma pessoa infectada pelo VIH, assim como o faz em qualquer outro tipo de infecção), produz anticorpos contra esse vírus, sendo estes detectáveis no sangue através da realização de um teste bastante simples. Quando se detectam estes anticorpos diz-se que a pessoa é Seropositiva.
Uma pessoa seropositiva pode não ter quaisquer sinais / sintoma da doença, aparentando um estado saudável durante um período que pode chegar a atingir vários anos. Todavia, esta pessoa está infectada, o vírus está presente no seu organismo, e como tal, pode transmitir a doença a outra pessoa
A SIDA apenas aparece muito mais tarde e está relacionada com a degradação progressiva do sistema imunitário e a coexistente baixa de defesas contra todas as outras doenças que normalmente não afectam as pessoas saudáveis. Deste modo, a doença SIDA (fase última de uma infecção que pode ter vários anos de evolução) é apenas diagnosticada quando aparecem doenças oportunistas ou quando determinadas análises clínicas têm valores alterados.
A duração do período que medeia entre a entrada do vírus no organismo e o diagnóstico de SIDA, depende dos cuidados/apoios que a pessoa infectada tiver, como por exemplo: evitar re-infectar-se; cuidados de higiene pessoais; acompanhamento/tratamento médico adequados e apoio dos amigos e família.
Com a correcta utilização dos medicamentos que previnem as doenças oportunistas, pode retardar-se o aparecimento da SIDA por mais anos.

COMO SE TRANSMITE O VIH?
Existem várias formas de transmissão da Sida, nomeadamente através de contacto sanguíneo, de esperma e secreções vaginais, através de partilha de seringas infectadas e também de mãe para filho durante a gestação, parto ou amamentação.
A transmissão através do sangue ocorre, sobretudo, através da partilha de agulhas, seringas e outros materiais contaminados pelo VIH entre os toxicodependentes que utilizam drogas injectadas.
Embora o risco seja reduzido, não devem se partilhados objectos cortantes onde exista sangue de alguém infectado, mesmo que este já esteja seco. Estamos a falar por exemplo de lâminas de barbear, piercings, instrumentos de tatuagem e de furar orelhas e alguns utensílios de manicura.
Poderíamos pensar, então, que receber uma transfusão de sangue era um perigo. No entanto, actualmente, todo o sangue que vai ser utilizado em transfusões sanguíneas é testado para este vírus antes da sua utilização. O acto de dar sangue não deve, igualmente, ser motivo de receio, uma vez que todo o material usado é esterilizado e descartável.
As secreções sexuais (esperma e secreções vaginais), de uma pessoa infectada com o VIH, aparentemente saudável, são propensas a transmiti-lo sempre que exista uma relação sexual com penetração (vaginal, anal ou oral) sem preservativo. Este risco é aumentado quando se tratam de parceiros desconhecidos, quando a pessoa tem múltiplos parceiros ou parceiros ocasionais. Estas são situações em que o preservativo é realmente imprescindível, pois as aparências por vezes enganam! Importante será também relembrar que uma relação sexual desprotegida, com alguém infectado, é o suficiente para que a transmissão do VIH aconteça.
Quando a mãe está infectada poderá transmitir esta infecção ao bebé em alguns momentos. Em primeiro lugar poderá acontecer a transmissão durante a gravidez, através do seu próprio sangue. Poderá igualmente acontecer durante o parto, através do sangue e secreções vaginais. Por fim, a mãe pode transmitir o VIH ao seu bebé através do leite materno.

Felizmente a SIDA não se transmite através de:
- Apertos de mão e abraços;
- Tosse e espirros;
- Comida e talheres;
- Picadas de insecto;
- Conversa, trabalhos em equipa ou contactos sociais;
- Uso de casas de banho;
- Beijos;
- Roupa.

Tratamento
Não existe cura ou vacina para o VIH, existindo no entanto tratamentos que retardam o efeito do vírus com alguns “cocktails” de drogas que inibem a transcriptase no vírus. Infelizmente, devido à rápida multiplicação do vírus, este torna-se rapidamente imune às drogas utilizadas.

Como podemos evitar sermos infectados pelo VIH?
- Usa o preservativo em todo o tipo de relações sexuais;
- Usa sempre seringas e agulhas novas (esterilizadas e descartáveis);
- Nunca utilizes agulhas/seringas usadas, seja por razões de doença ou toxicodependência. No caso da utilização de drogas, não deverás partilhar outro material usado na preparação da droga, tal como algodão, caricas, colher, etc.);
- Não partilhes objectos pessoais que possam estar em contacto com sangue, como é o caso das lâminas de barbear, escovas de dentes, tesouras, material de manicura.

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