Objetivos:

A investigação no CIMO incide em várias vertentes fundamentais, designadamente:

• Ecossistemas e ordenamento do território, com trabalhos de qualidade ambiental, inventariação da biodiversidade, gestão de recursos silvestres, elaboração de planos de conservação da biodiversidade, interação entre o uso da terra e as dinâmicas sociais, os sistemas paisagísticos tradicionais, as sociedades rurais, a história da evolução do território e as metodologias de avaliação e representação do território;
• Valorização de agro-ecossistemas, com atividades de investigação desenvolvidas sobretudo nas componentes pecuárias, nas culturas arvenses que lhes estão associadas, na fruticultura e na silvicultura; desde as tecnologias de produção, proteção integrada e biotecnologia até à tipificação, valorização e segurança de produtos alimentares.

Atualmente, os objetivos específicos do CIMO inserem-se nos seguintes desafios científicos e de sustentabilidade:

• Inovação nas cadeias e redes agroalimentares
• Economia circular em setores produtivos em áreas montanhosas
• Eficiência do uso de recursos (consumos, energia, trabalho) na agricultura, silvicultura, gestão da água e outros campos
• Multifuncionalidade dos sistemas de montanha e fornecimento de serviços ecossistémicos altamente valiosos
• Resiliência e adaptação e outras respostas dos sistemas de montanha à mudança global
• Comportamento da biodiversidade e dos ecossistemas sob mudanças globais
  

Atividades:

O CIMO está organizado em dois grupos de investigação:

• Sistemas sócio ecológicos
• Processos e produtos sustentáveis.

A participação do IPVC insere-se no primeiro grupo, cujas atividades se desenvolvem em dois eixos:

• Resiliência Socio-Ecológica: dedica-se ao estudo das interações de condutores e pressões de mudança em florestas, matos, paisagens, rios, lagos e outros sistemas de montanha, nomeadamente em processos, funções e serviços. Abrange diversas áreas científicas como ecologia florestal, modelação florestal, silvicultura, comportamento do fogo, maneio da apicultura, conservação de plantas e vegetação, ecologia de água doce, conservação e restauração, conservação da diversidade genética, maneio e conservação do solo, entre outros. As suas atividades inserem-se nos tópicos seguintes.
• Melhoria do nível de conhecimento e compreensão de sistemas como florestas, matagais, pastagens, paisagens, rios e outros, em particular dentro de um quadro de mudanças globais;
• Compreender e prever os efeitos das mudanças nos condutores e pressões, tais como as alterações climáticas, o abandono ou a intensificação da terra e outros, sobre estes sistemas e sobre os serviços ecossistémicos que fornecem;
• Compreender as interações entre a biodiversidade, a gestão das funções dos ecossistemas e a resiliência nos sistemas de montanha;
• Apoiar a resiliência, a adaptação e outras respostas dos sistemas socioecológicos da montanha aos impulsionadores da mudança global;
• Definir medidas para o uso eficiente dos recursos em silvicultura, solo, gestão da água e outros campos;
• Promover a multifuncionalidade dos sistemas de montanha e a prestação de serviços ecossistémicos altamente valiosos.
• Agricultura Sustentável e Cadeias Agroalimentares Inovadoras: abrange a gestão de sistemas de culturas de montanha, a qualidade, autenticidade e rastreabilidade de produtos alimentares de montanha, as metodologias para análises nutricionais, químicas, bioquímicas e microbiológicas de produtos alimentares, controle de segurança alimentar em produtos alimentares tradicionais e inovadores e em alimentos e produtos não alimentares. produtos de montanha de alimentos e mercados. As suas atividades inserem-se nos tópicos seguintes.
• Melhoria da compreensão científica dos sistemas agrícolas;
• Definição de práticas de maneio para aumentar a eficiência, resiliência e a manutenção da provisão de serviços ecossistémicos essenciais de sistemas de agricultura de montanha sob cenários de mudanças climáticas e socioeconómicas;
• Avaliação da qualidade, autenticidade e rastreabilidade dos produtos alimentares de montanha (ex. cogumelos e plantas silvestres, azeite e outras azeitonas, castanhas, mel e outros produtos apícolas, produtos à base de carne, queijo e outros produtos lácteos);
• Desenvolvimento de metodologias para análises nutricionais, químicas, bioquímicas e microbiológicas de produtos alimentares;
• Estudo dos aspetos relacionados ao controle de segurança de alimentos em produtos alimentares de montanha tradicionais e inovadores, e aumentar a relevância dos produtos de montanha para alcançar a segurança alimentar;
• Promoção de negócios agroindustriais e acesso a mercados com base na qualidade e inovação de produtos de montanha.
  

Resultados esperados:

De forma genérica, os resultados esperados com este projeto são a publicação de artigos em revistas técnicas e científicas, a divulgação dos resultados em congressos e outros eventos com publicação de atas, e a elaboração de dissertações de mestrado e relatórios de licenciatura que, na participação do IPVC, incidem sobretudo nos seguintes tópicos:

• Ciência animal: raças autóctones
• Pecuária biológica
• Bem-estar animal: bovinos, porcos e coelhos
• Fertilidade do solo
• Compostagem
• Correção do solo
• Fisiologia e nutrição vegetal
• Proteção vegetal
• Produção de culturas hortícolas
• Horticultura biológica
• Agroecologia
• Agricultura social
  

Fotos, vídeos e outros suportes audiovisuais:
n.a.