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Designação do projeto | BioChestnut- IPM - Implementar estratégias de luta eficazes contra doenças do castanheiro e amendoeira.

Código do projeto | PDR2020-101-030948 (Parceria nº 62/Iniciativa nº 107)

Objetivo principal | Implementar meios de luta contra doenças do castanheiro e da amendoeira. Um dos objetivos visados com este Grupo Operacional é implementar a luta biológica por hipovirulência contra a doença do Cancro do Castanheiro com base no bioproduto DICTIS nas regiões da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAP Norte) e DRAP Alentejo respeitando o programa sancionado e autorizado pela entidade reguladora nacional, Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV). A aplicação da luta biológica com a aplicação do novo produto (DICTIS) e do novo método de proteção das plantas (luta biológica por hipovirulência) assente nos princípios da proteção integrada, proporcionando a recuperação total dos castanheiros doentes e promovendo a produtividade e sustentabilidade agrícola, resolverá um problema concreto do ecossistema castanheiro, como o preconizado na Parceria Europeia de Inovação para a Produtividade e Sustentabilidade Agrícolas (PEI-AGRI).

Região de intervenção | Norte e Alentejo

Entidade beneficiária principal | Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos (CNCFS)

Entidades cobeneficiárias | Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) entre outros

Data de início | 01-04-2017

Data de conclusão | 31-10-2020

Custo total elegível do projeto | € 32 214,57

Custo total elegível do IPVC | € 32 214,57

Apoio financeiro da União Europeia | € 24 160,95 (FEADER)

 

Objetivos

Em relação à Doença do Cancro do Castanheiro:

  1. Caracterização da população virulenta de C.parasitica (cancro do castanheiro);
  2. Conhecer a presença da hipovirulencia natural na população de C.parasitica em Portugal;
  3. Monitorizar a eficácia dos tratamentos com bioproduto DICTIS;
  4. Desenvolver formulações do bioproduto DICTIS para utilização em situações diferenciadas da doença no castanheiro;
  5. Monitorizar a eficácia das aplicações e estudar os casos de falta de eficácia no para propor soluções de tratamento alternativas, evitando assim a perpetuação da doença no campo;
  6. Desenvolver estudos para avaliação dos riscos na saúde humana e animal e eventual impacto sobre o ambiente a apresentar junto das entidades reguladoras nacionais (DGAV) conforme os termos de autorização.

Em relação à Doença da Tinta é objetivo instalar “parcelas piloto” com a aplicação de meios de luta diretos, com utilização de substâncias ativas de reconhecida eficácia, nas árvores doentes e suas adjacentes para avaliar a eficácia desta estratégia para evitar a dispersão da doença nos soutos.

Para o Cancro da Amendoeira, uma doença emergente, que provoca elevados prejuízos nas novas plantações, pretende-se estudar e caracterizar a população do parasita Diaporthe amygdali, de forma a perspetivar estratégias de luta nos períodos mais adequados e avaliar a presença de hipovirus na população do parasita (hipovirulência) com potencial de utilização em luta biológica.

 

Atividades

A - Doença do Cancro do Castanheiro
Fase 1 - Caracterização por amostragem e georreferenciação da população virulenta de C. parasitica e que incluiu as seguintes tarefas:

    1. Definir e concretizar o plano de amostragem em função da distribuição do castanheiro em Trás-os-Montes, Minho, Alentejo;
    2. Caracterizar a população virulenta de C.parasitica, em laboratório e por métodos de microbiologia clássica e moleculares que inclui isolar, purificar e caracterizar os isolados de C. parasitica recolhidos em cada um dos locais;
    3. Caracterizar todos os isolados hipovirulentos eventualmente obtidos e avaliar o seu potencial como agente de controlo biológico.

Fase 2 - Desenvolver formulações e controlo de qualidade das formulações. Produzir em laboratório e em escala experimental formulações do bioproduto para utilização em diferentes condições de aplicação da luta biológica e respetiva avaliação.

  1. Produção de formulações “especiais” (esporos com Hipovirulência por exemplo)

Fase 3 – Organização “operacional” da aplicação do bioproduto DICTIS.

  1. Inscrição dos produtores de castanheiro que vão aplicar o bioproduto;
  2. Acompanhar a aplicação e eficácia do bioproduto e registo dos locais de aplicação;
  3. Monitorização das aplicações (parcelas permanentes-associações castanheiro). Parcelas a manter para observação ao longo do tempo e que permitirão avaliar a eficácia do tratamento, persistência de ação e manutenção no campo do agente biológico.

Fase 4 - Estudo dos casos de falta de eficácia e propor medidas de controlo alternativas.

  1. Avaliação no campo dos casos de falta de eficácia do método (estudo de campo e laboratorial);
  2. Estudo laboratorial e respetivo diagnóstico e medidas de atuação.

Fase 5 - Desenvolver estudos para avaliação dos riscos na saúde humana e/ou animal e eventual impacto sobre o ambiente (exigência da entidade reguladora nacional).

B - Doença da Tinta do Castanheiro: Instalação de 5 “ensaios piloto” na região de Trás-os-Montes em árvores com sintomas da doença da doença da tinta (árvores com 20-25 anos).

  1. Localização, caracterização e georreferenciação dos locais de ensaio (Sambade; Freixeda; Carrazedo de Montenegro (2 locais), Penela da Beira);
  2. Aplicar meios de luta diretos (com utilização de substâncias ativas de ação direta na população parasita no solo) na primavera e no outono;
  3. Ensaios de laboratório e ou de estufa para avaliação do efeito na população parasita de Phytophthora cinnamomi e P. cambivora.

C - Cancro da amendoeira (doença emergente em amendoeira)

  1. Isolar e caracterizar a população de Diaporthe amygdali em pomares antigos e nos pomares das novas variedades recentemente instalados (Campo);
  2. Avaliar a presença de hipovirus em D. amygdali e avaliação do seu potencial de utilização em luta biológica (laboratório);
  3. Avaliação da necessidade de intervenção e aplicação de medidas de luta direta em função do ciclo biológico do fungo D. amygdali para reduzir os prejuízos associados ao Cancro da Amendoeira.

Resultados esperados

Esta iniciativa beneficiará diretamente todos os produtores de castanheiro (16310 explorações agrícolas - RA,2009), que corresponde a outros tantos produtores de castanha. Apesar do elevado número de produtores e a dominância do minifúndio nas regiões de produção do castanheiro, a produção de castanha está direcionada para a exportação com 70-80 % da produção anual destinada ao mercado externo. As atividades deste grupo operacional promovem a vitalidade e sustentabilidade do ecossistema castanheiro, um património natural a preservar e com grande tradição em Portugal, que beneficiará toda a fileira da castanha (produção, distribuição, industria, exportação) pela garantia de fornecimento em quantidade e qualidade das castanhas produzidas em Portugal. Por outro lado ao valorizar o ecossistema castanheiro, pela recuperação das árvores doentes, proporcionará a resiliência do ecossistema castanheiro promovendo a qualidade ambiental e as atividades económicas complementares associadas com a multifuncionalidade do ecossistema castanheiro, nomeadamente o turismo, gastronomia, produção de mel, artesanato etc.. O estudo do Cancro da Amendoeira também objeto de estudo neste grupo operacional beneficiará os produtores de amendoeira, uma outra fruteira produzida de forma extensiva na região de Trás-os-Montes com baixa intensificação cultural, promovendo o conhecimento dos problemas sanitários emergentes e diminuindo assim o risco do investimento nas novas plantações de amendoeira. Os resultados obtidos permitirão:

  • aumentar a produtividade e a qualidade da produção (castanha e amêndoa);
  • disponibilizar novos meios de luta biológicos e informação sobre as condições de utilização para os produtores e técnicos;
  • implementar novos meios de luta biológicos e disponibilizar informação sobre as condições de utilização para os produtores e técnicos;
  • elaborar folhetos técnicos de divulgação dos meios de luta biológicos;
  • estabelecer parcerias de trabalho e aconselhamento: o envolvimento de parceiros ligados ao sector da castanha e da amêndoa (produtores, associações de produtores, cooperativas e empresas) em todas as tarefas previstas neste GO, através do acompanhamento dos trabalhos desenvolvidos nos campos experimentais/ demonstração, garantem a adopção destas novas tecnologias a longo prazo;

Os beneficiários principais e utilizadores dos conhecimentos a adquirir (produtores, associações de produtores, cooperativas, empresas, etc.), ao envolverem-se em todos as tarefas previstas, acompanhando os trabalhos desenvolvidos nos campos experimentais/ demonstração, contribuem para o desenvolvimento da “Iniciativa” e garantem a adoção destas novas tecnologias a longo prazo. A operação descrita integra atividades desenvolvidas pelos diferentes parceiros e em diferentes contextos (exploração, campos experimentais, laboratórios, associações, empresas, etc.). O envolvimento dos parceiros e seus associados, nas diferentes atividades, a instalação de campos de experimentação e de demonstração e a realização de ações de divulgação junto do público-alvo são decisivos na incorporação dos resultados pelos beneficiários principais. Beneficia ainda:

  • a sociedade em geral através da implementação de práticas culturais orientadas para uma utilização mais sustentável dos recursos, salvaguardando a manutenção da biodiversidade, da paisagem e do ecossistema castanheiro;
  • a comunidade científica nacional e internacional ao divulgar dados multidisciplinares de culturas de importância global.

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