Peças desenhadas por alunos do IPVC e produzidas por utentes da APPACDM patentes em exposição no Gil Eannes

Foi inaugurada no passado dia 05 de Junho, no Navio Gil Eannes, a exposição de trabalhos resultantes do projecto “Simbolizar o Navio Gil Eannes”, que uniu, de forma inovadora, o Curso de Design do Produto do Instituto Politécnico de Viana do Castelo [IPVC], a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão com Deficiência Mental (APPACDM) e a Fundação Gil Eannes.

O grande interesse deste projecto foi o facto de se ter conjugado esforços entre os alunos do politécnico e os utentes da APPACDM, isto porque os alunos do 2º ano do curso de Design do Produto desenharam diversos objectos que foram, posteriormente, executados por cidadãos com deficiência mental. O resultado estará, agora, patente na exposição, que se prolonga até 22 de Junho, sendo que na génese da idealização das peças esteve a intenção de conceber um conjunto de propostas de produtos que promovam e perpetuem a identidade e a memória do Navio Gil Eannes. Estas peças poderão agora ser produzidas para venda por parte da Fundação.

Isso mesmo salientou, João Martins, docente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPVC, ao afirmar que a exposição “é resultado dum projecto da Fundação Gil Eannes. Os alunos conseguiram em dois meses apresentar os resultados que são pautados pela diversidade, pois o objectivo será seleccionar alguns objectos para serem produzidos pela APPACDM”.

Para o presidente da APPACDM, Manuel Domingos, este é um projecto que resulta naturalmente “das parcerias que a APPACDM tem vindo a estabelecer com o IPVC e as suas diversas escolas de ensino superior”.

Classificando um projecto “muito interessante” e que “superou todas as expectativas”, Manuel Domingos salientou o facto de ser “gratificante o reconhecimento das capacidades das pessoas com deficiência enquanto promotoras de actividades. São pessoas capazes de fazer sendo que para isso precisam apenas de ter oportunidades”.

Nesse sentido, o presidente da APPACDM mostra o seu contentamento pela postura do politécnico vianense o qual “pretende desenvolver cursos que tenham a visão das necessidades da comunidade e se mostram disponíveis para a satisfação destas, sendo, desta forma, importante o papel que têm nas mudanças de mentalidade”.