“Educar para a Ciências e para as Artes e Cultura” e “Vibração do Som: relaxamento e harmonia” registaram enorme afluência do público

Partindo da Ciência e inter - relacionando-se com as Artes, João Moura Alves e Inês Moura Soares descreveram estratégias e actividades criativas para o desenvolvimento de uma Literacia Cultural, através da qual qualquer ser humano é capaz de transferir procedimentos científicos, de forma útil, para outras esferas da sua actividade. Daí a razão das Palestras do dia 9 de Novembro que encerraram o dia do 27º Aniversário da Escola Superior de Educação de Viana do Castelo [ESE-IPVC] se terem intitulado: “Educar para a Ciências e para as Artes e Cultura” e “A Vibração do Som: Relaxamento e Harmonia”.

A Palestra Educar para a Ciência e o Workshop Vibração do Som abordaram estratégias e metodologias para despertar o interesse científico dos mais variados públicos para o desenvolvimento da “literacia científica”, definida como “ a capacidade de alguém que é capaz de exprimir compreensão sobre ‘grandes’ ideias científicas e utilizar processos de questionamento para tomar decisões informadas sobre o impacte da actividade humana no mundo à sua volta” (OCDE, 1999).

Na 1ª Palestra, referiram-se as várias estratégias para desenvolver a capacidade cognitiva, como jogos matemáticos e actividades artísticas e o impacto das actividades de divulgação das aplicações da ciência junto dos jovens, como meio de aliciar a capacidade criativa e o interesse pela descoberta, aspectos esses explorados no workshop Vibração do Som. Inteligência criativa e sensibilidade, que João Moura abordou, foram conceitos igualmente explorados por Inês Soares, através de diversos exercícios de descoberta sensorial (consciencialização do corpo, produção do som através do corpo/voz), a partir de gravações de repertório variado e de taças Tibetanas, procurando harmonizar, de uma forma mais profunda, as funções psíquicas, equilibrando o desenvolvimento do trabalho com os hemisférios direito e esquerdo do cérebro e sua consequente implicação no equilíbrio emocional dos participantes.

Tais actividades e estratégias provocaram um impacto significativo nos participantes e reflexões sobre questões relativas à natureza das artes em geral e à sua interligação com a ciência e a cultura. Aprender significa também, segundo Inês Soares, “desenvolver a capacidade de estabelecer pontes entre os diferentes saberes, tomar consciência dos seus significados no quotidiano, potenciar capacidades interiores, (…) dotar o indivíduo de flexibilidade para viabilizar a formação ao longo da vida e o ensino da música, enquanto área artística que supõe uma unidade de diferentes tipos de conhecimento [e] reflecte esta preocupação consciente de unir o saber artístico ao científico”(Inês Soares, 2007).

O workshop “A Vibração do Som ─ Relaxamento e Harmonia” foi frequentado pelos alunos do Curso de Gestão Artística e Cultural, uma aluna do Curso de Educação Musical e uma do Curso de 1º Ciclo.