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Pintura de pessoas
Duas centenas de visitantes na Oficina Cultural para ver exposição de Álvaro Rocha

Mostra está patente até 13 de Janeiro de 2008

Perto de duas centenas de visitantes já passaram, em poucos dias, pela exposição “Estrada de Santiago”, de Álvaro Rocha, que está patente na Oficina Cultural do Instituto Politécnico de Viana do Castelo [IPVC], localizada no edifício do Centro Académico, antigo BC- 9. A mostra continuará patente até ao próximo dia 13 de Janeiro de 2008.

Na inauguração desta exposição de desenho e pintura do artista vianense, que ficou marcada pela intervenção do Arquitecto Teixeira Lopes, o qual percorreu, de uma forma erudita, a vida e a obra de Álvaro Rocha, a vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Flora Silva, fez questão de referir o facto do “IPVC, através da sua Oficina Cultural, se estar a tornar num espaço de excelência e de convívio cultural”. Exemplo disso mesmo, salientou a vereadora, é a exposição que Álvaro Rocha levou até à Oficina Cultural: “é um artista com uma postura de grande humildade intelectual mas é inegável o valor da sua obra aqui exposta abordando uma temática central de todos nesta região intimamente ligada aos Caminhos de Santiago e àquele grande centro de cultura medieval”.

O presidente do IPVC, Rui Teixeira, concordou com a Vereadora da Cultura salientando que o “IPVC continua a fazer o que prometeu, com este espaço que é de partilha e de encontro e por onde já passaram grandes nomes da cultura e os trabalhos dos próprios estudantes” do politécnico vianense. “Mas este será um espaço que não se limitará ao espaço físico da Oficina Cultural que será construído pelos alunos vindo a ser, também, um dispositivo de formação”.

Rui Teixeira salientou ainda o “enorme orgulho” que o IPVC tem de receber a exposição de Álvaro Rocha, a quem classificou de “um vulto incontornável da cultura vianense, que se mostrou pela sua obra e pelo homem que é, com um elevado nível de cidadania”.

De salientar que Álvaro Rocha é uma referência viva do mundo artístico português. Como prova disso mesmo, relembre-se “O Ciclo do Pejão”. Pictórico e humanista, o trabalho deste artista é, sem dúvida, uma Memória Futura daquela mineração e das suas gentes multiformes e sofredoras. Ciclo que creditou Álvaro Rocha, para sempre, como um dos pintores portugueses a ter em elevada consideração o que, aliás, se veio a confirmar na sua notável e notória exposição na galeria Nazoni, em 1987.

Agora, Álvaro Rocha realiza uma fantástica exposição de desenho e pintura retratando um tema incontornável das nossas raízes e tradições que são as “Estradas de Santiago”.

“Os caminhos de Santiago, vocacionados para aqueles que buscam paz no seu interior, vivendo experiências únicas de comunhão com o Cosmos estão retratados nesta exposição em todo o seu esplendor”, refere a propósito o Arquitecto António Emílio Teixeira Lopes.

“A “Estrada de Santiago” é a via-láctea, caminho traçado nos céus, caminho esse que alimenta sonhos e visões que nos põe em diálogo com o divino. Podemos apreciar o Divino, representado pela imensidão dos céus que não são mais que o reflexo do que se passa cá em baixo no nosso Planeta, os relevos, as paisagens, as pessoas”, elucida o arquitecto.

António Emílio Teixeira Lopes refere ainda que “nós, os Terrenos, estamos em constante diálogo com o espaço etéreo, com a divindade, ousando chegar à ascensão e a fazer parte do Divino, do todo. São esses diálogos que são apresentados nas mais variadas vertentes, entre os peregrinos e as gentes que habitam o planeta Terra e que percorrem os Caminhos de Santiago, ultrapassando as dificuldades que se lhes deparam para crescerem com os diálogos até lograrem o seu objectivo”.

Nesse percurso temos de salientar as paisagens percorridas por esses caminhos até chegar a Santiago, as tonalidades dos mais diversos verdes que cobrem as paisagens alto-minhotas e galegas, os tons do entardecer, a noite, entre outros momentos.

“É este caminho que Álvaro Rocha nos desvenda, numa exposição que pretende ser uma experiência única, que nos absorve desde o início até ao seu final. Assim compreenderemos melhor como o Caminho de Santiago se reflecte na sua estrada etérea”, conclui António Emílio Teixeira Lopes.

Visitantes da exposição
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