Descrever e analisar os programas e apoios que existem para a criação de empresas foi o objectivo de uma sessão pública que se realizou no Auditório da Escola Superior de Tecnologia e Gestão [ESTG], no passado dia 30 de Outubro. Neste encontro, em que marcaram presença o Presidente do Instituto Politécnico de Viana do Castelo [IPVC], Rui Teixeira e o Director Nacional dos Gabinetes Empresariais do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas [IAPMEI], André Março, o docente da ESTG, Paulo Vidinha e, ainda, o Director do Gabinete de Empresa de Viana do Castelo, Agostinho Forte, o destaque foi para o programa de financiamento ao empreendedorismo, FINICIA.

Nesta sessão, desenvolvida pelo Departamento de Ciências Económicas e Empresariais da ESTG-IPVC, em parceria com o Gabinete de Empresas de Viana do Castelo do IAPMEI, marcaram ainda presença antigos alunos do IPVC que constituem um exemplo de sucesso com a sua entrada no mundo empresarial através da criação do “Atelier Viana Cabral”.

Recorde-se que o IPVC recebeu um convite do IAPMEI para participar na plataforma FINICIA - Minho, que resultou na assinatura de um protocolo no passado mês de Julho. Com o aparecimento deste projecto, o IPVC pretende fomentar o empreendedorismo, tema de enorme importância estratégica para a instituição, numa forte e contínua aposta junto da sua comunidade académica, entre alunos e docentes, por forma a potenciar o aparecimento de spin off académicos, complementando o trabalho já desenvolvido noutros projectos, nomeadamente o Limacria e de outros em fase de implementação como o OTIC [Oficinas de Transferência de Tecnologia e de Conhecimento]. E é exactamente para fazer o enquadramento das actividades que o IPVC tem vindo a desenvolver no âmbito do empreendedorismo e do projecto que o presidente da Instituição, marcará presença, sendo que, a apresentação do FINICIA, estará a cargo de André Março.

O Programa FINICIA constitui um novo programa de apoio à criação de empresas que será desenvolvido com o apoio do programa PRIME e da União Europeia. Desta  vez o objectivo de fundo prevê o aproveitamento de projectos inovadores, disponibilizando financiamento para o arranque de novas empresas. Com o IPVC encontram-se já a colaborar mais dez entidades para o desenvolvimento de um projecto-piloto, sendo que esta instituição terá como responsabilidade a sua coordenação.

Para negócios emergentes e de pequena escala são disponibilizados dois produtos de financiamento: o microcrédito (financiamento até 25 mil euros e destinado exclusivamente a microempresas até nove trabalhadores) e o microcapital de risco para iniciativas no âmbito do fomento do espírito empreendedor, em particular as oriundas do meio académico, cujo investimento no arranque não exceda os 50 mil euros.

O FINICIA prevê igualmente apoios a negócios emergentes de pequena escala, com financiamentos até 100% em projectos até 25 mil euros e até 90% em projectos até 45 mil euros. Por outro lado, serão apoiadas iniciativas empresariais de interesse regional até 100% em investimentos no máximo até 45 mil euros.

Desenvolvido em três vertentes, o Programa FINICIA prevê o apoio a negócios emergentes de pequena escala - EIXO II - sendo esta a vertente em que o IPVC terá a sua participação. A intervenção dos actores neste processo aborda alguns princípios gerais de colaboração entre a entidade gestora do FINICIA e a entidade dinamizadora, que no caso será representada pelo IPVC. Através deste projecto-piloto, o IPVC pretende apoiar e orientar os alunos que pretendam ingressar numa vida empresarial. Analisando as propostas de criação de empresa, o IPVC poderá contribuir com a melhor orientação. Estão previstas várias fases para a apresentação de projectos. Na 1ª fase, intitulada de Detecção e Estruturação de Ideias, deverá determinar-se o potencial da ideia-projecto para criar valor. Sequentemente, a ideia será consubstanciada num plano de negócios. Já na 2ª fase – Avaliação de Ideias em que os produtos/serviços contemplados, o mercado, a estratégia da empresa, os riscos e contingências são aspectos que terão especial enfoque de análise pela equipa de gestão designada para o efeito. A 3ª fase prevê a Decisão de Financiamento, a 4ª o Acompanhamento (desenvolvimento de um plano de actividades, etc.) e a 5ª e última fase, o Desinvestimento.

O FINICIA é um programa que terá como suportes financeiros o Fundo de Sindicação de Capital de Risco (FSCR) e o Fundo de contra garantia Mútuo (FCGM), capitalizados com dotações do Prime (Programa de Incentivos à Modernização da Economia), bases de estruturas públicas.

parceria, constituída por instituições de ensino e sociedades empresariais conta com a PME, Capital – Sociedade Portuguesa de Capital de Risco, a SGPME - Sociedade de Capital de Risco; a Universidade do Minho, o Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, a Associação Industrial do Minho, PME – Portugal, Associação Nacional dos Jovens Empresários, Spinvalor, Tecminho – Associação Universidade Empresa e o IAPMEI.