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Joaquim Alonso
IPVC EM PROJECTO DE ORDENAMENTO TERRITORIAL DE EXPLORAÇÕES LEITEIRAS DE ENTRE-DOURO E MINHO
Projecto de ordenamento territorial de explorações leiteiras Entre-Douro e Minho

O ordenamento da bacia leiteira da região de Entre-Douro e Minho, na continuidade do diagnóstico dos problemas inerentes à actividade produtiva do sector - que conta com cerca de duas mil explorações em 11 concelhos - é o principal objectivo do projecto desenvolvido pelo Instituto Politécnico de Viana do Castelo [IPVC], em colaboração com a Universidade do Porto [UP], o Instituto para o Desenvolvimento Agrário da Região Norte [IDARN] e a Direcção Regional de Agricultura de Entre Douro e Minho [DRAEM].

"A concentração e a especialização pecuária relacionam-se com um conjunto de problemas ambientais que são agravados pela forte implantação destas explorações em zonas densamente povoadas", referiu Joaquim Alonso, docente da Escola Superior Agrária (ESA) e um dos responsáveis do projecto, a par de Pedro Castro docente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG). Estes 11 concelhos em estudo "representam uma percentagem significativa da produção leiteira em Portugal. Estamos a falar de um mercado que produz milhões de euros e envolve milhares de pessoas, desde os produtores à comunidade que rodeia as explorações. Por isso, a União Europeia tem assumido um papel regulador ao emitir um conjunto de directivas que condicionam o funcionamento das explorações", referiu Joaquim Alonso.

"Neste momento, o que temos produzido é a cartografia temática da área (que inclui a caracterização do solo, clima, ocupação, actividades económicas, hidrografia, entre outros vectores)", adiantou. Em paralelo foram "referenciadas e caracterizadas as explorações pecuárias". Esta informação integrou-se num Sistema de Informação Geográfica [SIG] implementado pela ESA e pela ESTG, do IPVC. Assim, este projecto pretende conhecer melhor "o território dos concelhos do ponto de vista físico, caracterizar muito bem a actividade leiteira no interior deste território, compreender as dinâmicas sociais e económicas para assim se encontrar um conjunto de estratégias que permitam, de alguma forma, ordenar a actividade, melhorando a qualidade ambiental e o bem-estar das populações", sublinhou o responsável.

A fase de caracterização está terminada. "Estamos numa fase de análise de toda a informação recolhida para depois entrarmos na fase de propostas que serão definidas pelos três parceiros do projecto e, devidamente discutidas, com um conjunto alargado de entidades da região que, de alguma forma, têm deveres e obrigações para com o sector leiteiro", concluiu Joaquim Alonso. Esta experiência prática mostra a possibilidade de usar os SIG como elementos condutores das diversas fases e elementos de um processos de planeamento e ordenamento, de diálogo entre actores, de promoção das actividades, dos recursos envolvidos e no respectivo contributo para formar instrumentos de gestão sectorial.

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