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Praça com bancos
Arte Pública de José de Guimarães na Oficina Cultural do IPVC

A visão da obra pública de José Guimarães, pelo comissário da exposição João Cerqueira

O Comissário da exposição, João Cerqueira, considera que “a obra pública de José de Guimarães decorre da evolução da escultura moderna que, recorrendo a matérias-primas industriais em substituição de materiais considerado nobres, supera o modelo de escultura realista destinado à afirmação política, histórica ou religiosa, não para se encerrar no interior de um museu, mas acompanhando o crescimento das cidades e os respectivos processos de requalificação urbana”.

“Desse modo, funde-se com o novo panorama citadino e torna-se parte da vivência dos cidadãos. Essa valorização da cidade – que une as preocupações ecológicas com a defesa do património e a oferta de uma cultura moderna e cosmopolita – trazendo-lhe assim prestígio e notoriedade – que se traduz por um aumento de visitantes e dos investimentos estrangeiros – leva os responsáveis políticos a apostar cada vez mais na arte pública”.

Por outro lado, sobretudo no caso das obras públicas asiáticas e mexicana, “os fundamentos antropológicos em que assenta o percurso estético de José de Guimarães são determinantes na escolha do artista para intervir nestas grandes megalópoles superpovoadas e caóticas, nas quais o crescimento urbanístico e a assimilação da cultura ocidental acabaram por dar origem a espaços desumanizados e esquecidos da sua identidade. Havia portanto uma necessidade de reencontrar o passado, afirmando simultaneamente a modernidade, a que a linguagem plástica de José de Guimarães vai dar resposta”, concluiu o comissário João Cerqueira.

Publicado em 12 de Maio de 2010

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