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O mundo das empresas do século XXI procura trabalhadores polivalentes, flexíveis, especializados, qualificados, capazes de conciliar a teoria e a prática. Enfim, um trabalhador atento que tenha consciência que a percepção das partes resulta melhor que a mera soma destas.

Este novo perfil requer um desenvolvimento constante dos seus conhecimentos combinando diversas capacidades: forte criatividade, saber comunicar, raciocinar matematicamente, saber tomar decisões, saber adaptar-se a novas situações, ter um elevado grau de literacia digital e ter auto-estima.

Tudo isto leva-nos a uma questão: “que modelo de desenvolvimento de formação contínua utilizar para activos e desempregados que acompanhe todo este ambiente com tão elevado grau de exigência"?

O projecto Netstart propõe-se contribuir para o estudo destas questões, tendo sido por isso realizado um diagnóstico inicial na região, do qual se apresenta a seguir algumas conclusões:

Com vista a aprofundar o diagnóstico efectuado realizaram-se reuniões com diversas entidades públicas e privadas da região.

Dos dados disponíveis e validados, através do inquérito e entrevistas realizadas nas empresas foi possível concluir que:

Na região não existe uma estratégia para o desenvolvimento da formação a distância como resposta aos estrangulamentos de não participação dos activos das empresas na formação.
Existe uma distância entre a formação executada pelo indivíduo e o que a organização necessita;
Não existe um conhecimento profundo na região do sistema de aprendizagem baseado em "e-learning" e "b-learning";
Existem grandes estrangulamentos a nível da rentabilização da utilização das TIC nas empresas e pelo indivíduo.

Também ficou evidenciado que existem duas vertentes de necessidades de conhecimento e aprendizagem:

Necessidades de conhecimento e aprendizagem ao nível do activo
Necessidades de conhecimento e aprendizagem ao nível da organização

O indivíduo tem tendência a preocupar-se com o seu desenvolvimento profissional de forma a melhorar a sua empregabilidade e aumentar as suas oportunidades de melhor salário e promoção no trabalho;
A organização está preocupada em adquirir e gerar conhecimentos necessário para executar as operações e criar ou manter vantagens competitivas.

Neste âmbito importa construir uma ponte entre estas duas perspectivas de forma a evitar que a organização e o indivíduo estejam de costas voltadas.

Pensamos que o projecto NetStart poderá dar o seu contributo de forma a apoiar e desenvolver o tecido económico da região ao atingir os seus objectivos, tendo em atenção os seguintes pontos:

Que a definição do perfil de competências tenha por base um acordo mútuo (indivíduo e organização);
Sejam definidos passos concretos, com a elaboração de um plano individual e colectivo de formação para atingir este perfil;
As acções de formação identificadas sejam executadas de forma inovadora com vista a ultrapassar as dificuldades reais da empresa e do indivíduo.

Por fim poderemos referenciar que diversos estudos europeus apontam para uma convergência na utilização de e-learning nas PME através da criação de redes entre as Associações Empresariais, Universidades, Entidades privadas e públicas, de forma a criar verdadeiras regiões de conhecimentos (cluster)...”