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Para uma Bienal
Viana do Castelo prepara-se “Para uma Bienal”

Mensagem do Senhor Presidente do Instituto Politécnico de Viana do Castelo

Vão correndo agrestes os dias que o tempo nos vem dando. Feitos de sacrifício (pelo menos de alguns – a maioria – embora sempre os mesmos e, por isso, habituados!), parecem indicar o mesmo – o sacrifício – como o único expectável roteiro a que temos direito. Verdade! Dizem--nos! O caminho é inexorável e não temos outra saída!

Os analistas, esse punhado de adivinhos que, apesar de ainda hoje terem comido tripas à moda do Porto, em boa verdade, já cá não vivem. Vivem no (etéreo) futuro (…por graças a Deus e que seja por muitos anos!) ganhando a vida a contar-nos como ele é – o futuro, claro. Ouvi o último ontem, ao deitar-me. Faria corar de vergonha o do Restelo – o velho. Falou, falou! Foi convincente e disse tudo! Juro-vos! Retive, daquela torrente de verdades, que o péssimo deste país começou ali, um tudo-nada antes da nacionalidade e, veja-se só, ainda resiste. Os Descobrimentos e as taças europeias do Benfica e do Porto foram as únicas excepções. O futuro de Portugal está em unir-se a Olivença. Jurou, ainda (eu ouvi), que pior mesmo do que aqueles que lá estão (o governo), só mesmo aqueles para quem tanto tarda a hora de chegar.

Enquanto isto, uma cidade pequena e muito bonita, feita de gente humilde, das suas virtudes e dos seus defeitos, teima, a escopro e sem medo, esculpir o seu futuro. Treinam o “dar-as-mãos” – Câmara, Instituto Politécnico, Empresários, Comunidade e Cidadãos – fazendo da diversidade um valor, sob o olhar parceiro da Excelência de Serralves, e aprendem, ainda, a olharem-se como partes interessadas e, sobretudo, disponíveis para o desenvolvimento da sua terra e para o bem-estar das suas pessoas. Teimam, ainda, em dizer que o futuro não se olha do futuro. O futuro rasga-se a partir de cada inspiração e do pulsar de cada momento que nos é dado viver.

Porque acreditamos cada vez mais em nós e na nossa capacidade para dar rosto, beleza e raça ao nosso futuro, vivemos o dia-a-dia numa entrega total a estas causas. A primeira Bienal de Design de Viana do Castelo, que hoje se dá à mostra, feita de muita vida já vivida, é disto prova, e, é, sobretudo, além de um caminho novo, um grito de vontade e da certeza dum futuro digno e de qualidade para esta cidade, região e país. Que pena não termos analistas que assim o olhem.

Perdoem agora que eu dê uma palavrinha muito especial aos meus professores, alunos e funcionários do IPVC, em especial, para os da área do design, mais directamente implicados nesta iniciativa. Obrigado por tudo. Tudo! Em especial pela vossa capacidade técnica e científica, criatividade, pelo detalhe, pela entrega e pelo amor com que fazem. Mas, mais do que o meu reconhecimento, aceitem, porque para isso estou mandatado, um franco obrigado de toda a comunidade interna e externa do IPVC. Vocês exalam exemplo.

O caminho é este. Vivamo-lo com todos os sentidos e com garra.

Parabéns e Obrigado a todos.

Rui Teixeira
Presidente IPVC

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