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Notas euro

Docente da ESCE edita livro de Finanças em Portugal, Brasil e África

“Executivos - Como São (Re)Compensados”

Capítulo de introdução da obra

O processo de globalização, bem como a crise mundial actual, fez despertar o interesse pela temática da compensação dos executivos de topo das organizações.

Como a generalidade das grandes empresas começou a laborar para um mercado muito superior àquele a que estava habituado - o mercado mundial - a procura, a captação e a retenção de executivos de elevado valor, possuidores de conhecimentos chave de como trabalhar e ser bem sucedido, num mercado global, tornaram-se factores primordiais de sucesso e sobrevivência.

Neste processo de globalização, o próprio mercado de trabalho para os executivos tornou-se também ele mundial e, quer as diferentes formas de compensação, quer os valores salariais superiores praticados pelas grandes empresas dos EUA, têm levado a que (com maior ou menor desfasamento temporal, e um pouco por todo o mundo) passem a ser adoptadas como padrões de referência a nível mundial.

É essencialmente desde os anos noventa, associado a um significativo crescimento da economia mundial e ao surgimento de empresas relacionadas com as novas tecnologias, também denominadas empresas da nova economia, que a comunidade académica - a nível mundial - direcciona o seu interesse para a problemática da composição dos planos de compensação como mecanismo de incentivo dos executivos, e mais recentemente, dos restantes empregados.

Com o mercado em expansão, e uma grande expectativa mundial criada à volta das empresas afectas às novas tecnologias, especialmente as direccionadas para o comércio electrónico, o valor accionista dessas empresas não parava de subir. Os analistas financeiros encontravam fortes incongruências entre os valores de mercado dessas acções e o valor que os modelos tradicionais de avaliação determinavam como sendo o justo. Tornava-se urgente desenvolver novos métodos de avaliação que determinassem, de forma correcta, o valor deste novo conceito de organização, que não possui grandes imóveis, nem força de vendas visível, e cujo mercado de intervenção é mundial, e não local. O valor de mercado destas empresas cresceu de tal ordem que, tal como era esperado, no ano 2000, ocorreu o crash do NASDAQ.

De um momento para o outro, um grande número de empresas que remunerava os seus executivos através de componentes de compensação indexados à evolução do preço das acções da empresa, viram o preço de mercado dessas acções cair abruptamente, perdendo o seu efeito de incentivo desejado.

Muitos accionistas, numa tentativa de não deixarem sair os executivos, reformularam os planos de opções sobre acções, reajustando o preço de exercício para valores dentro dos novos parâmetros do mercado. Outros optaram por atribuir novos planos de opções sobre acções com preços de exercício atractivos.

Foi também após o crash do NASDAQ, em 2000, que se verificou um conjunto de falências fraudulentas, de que são exemplo empresas como a Enron e Worldcom, muito interligadas com a forma como os executivos de topo foram pagos ao longo dos anos. Na tentativa de não perderem uma grande parte da sua remuneração, omitiram sucessivamente informação para o mercado e, em muitos casos, manipularam elementos contabilísticos. Como forma de colmatar os problemas relacionados com o corporate governance, os Estados Unidos da América criaram Sarbanes Oxley Act.

 
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