“Está na moda o Turismo Criativo. Já em tempo Francisco Sampaio falava do Turismo Criativo na rota do artesanato, onde o turista pode associar-se a algumas actividades; idem, na rota dos vinhos, nos festivais folclóricos, onde a participação no chamado "vira geral" ou noutras danças, obriga o turista a dançar, inclusive, a ter ensaios onde lhe são ministradas as "voltas das nossas danças" (por exemplo,  nos ensaios de cada grupo); idem, nos domingos gastronómicos e ainda no turismo gourmet, sobretudo, nas casas do turismo rural, onde o  turista pode aprender a confecção da gastronomia tradicional, assim como de derivados, como já acontece, não só em termos de fumeiro como das compotas”, referiu a propósito, o Coordenador do Curso de Turismo,  Carlos Fernandes. Este novo conceito das indústrias criativas, assim  como do turismo criativo, “reflecte um novo conceito de animação turística que se distingue menos por actividades especificas, que pela maneira de as praticar. É qualidade de vida. É sobretudo, dar aos turistas a possibilidade de realizar os seus sonhos e experiências”, salientou ainda.

Esta iniciativa do IPVC demonstra a sua capacidade de responder aos grandes desafios para o desenvolvimento regional. O IPVC continua a apostar na formação dos futuros profissionais de turismo, ao responder às mais recentes tendências do turismo -  mais vocacionado para o turismo de experiências (ou emoções). A criação de experiências em “novas” atracções turística (por exemplo os mercados municipais, fábricas de cerâmica), evidenciando-se a perspectiva da humanização das áreas de destino turístico, bem como a sua singularidade, numa clara tentativa de diferenciação.

Aplicar imaginação, criatividade e inovação na organização de actividades/eventos (animação) e no desenvolvimento de novos produtos, visando uma estrutura mais complexa e competitividade junto dos mercados turísticos. E, criar novos “motivos de visita” que constituam algo de apelativo junto do mercado turístico, e que retratem sub-sectores com potencial ao nível da atractividade turística.

A ideia é de pôr os turistas a concretizar seus “sonhos” e “experiências” no Porto e Norte de Portugal e pô-los a circular na região. O Porto e Norte de Portugal deve assim ser posicionado como uma experiência de vida que obriga a maior interactividade entre quem visita e quem é visitado.

O turismo é um dos fenómenos do mundo contemporâneo mais importante e em maior e rápida expansão. De facto, o turismo tornou-se no maior motor da economia mundial. No entanto, gerir o turismo requer um  envolvimento sério. A mudança da procura e preferências dos consumidores levou a um aumento das expectativas relativamente à qualidade dos serviços fornecidos aos consumidores, o que requer uma alta eficiência por parte dos profissionais de turismo. Cada vez mais os consumidores procuram fugir à estandardização e visitam destinos diferentes e únicos. Este tipo de procura pressiona os destinos turísticos a desenvolverem a criatividade relativamente às experiências turísticas.

Para atingir um justo balanço entre os diferentes actores envolvidos –  indústria turística, turista, comunidade local e envolvente – os empreendedores e operadores turísticos necessitam de ter uma excelente conexão de várias (apesar de díspares) disciplinas, grandes habilidades profissionais, uma abordagem estratégica e um grande sentido de responsabilidade.

Como resposta a estes desafios, o Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) propôs-se a lançar o novo Mestrado.