António Abreu, aluno finalista da Licenciatura em Engenharia de Redes e Sistemas de Computadores (ERSC) da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (ESTG-IPVC) acaba de ver o seu trabalho de projeto final de curso intitulado “Low-cost LoRa-based IoT Edge Device for Indoor Air Quality Management in Schools” aceite para publicação na conferência internacional com arbitragem científica Edge-IoT 2020: EAI International Conference on Intelligent Edge Processing in the IoT Era, a qual se realizará durante o evento SmartCity360° International Convention 2020, entre 2 e 4 de dezembro, no ciberespaço. Os artigos aceites serão publicados pela Springer e submetidos para inclusão nos principais serviços de indexação, incluindo ISI Web of Science e Scopus.

Recorde-se que, o eventoSmartCity360° International Convention 2020, estava planeado para ocorrer este ano na cidade de Viana do Castelo, mas devido à atual crise pandémica relacionada com a doença COVID-19, viu alterado o seu formato para o modo online.

A qualidade do ar interior tem um efeito crucial na nossa saúde e bem-estar estando diretamente relacionado com o aparecimento de diferentes patologias. Por exemplo, elevadas concentrações de dióxido de carbono potenciam um aumento de problemas respiratórios, irritação nos olhos, e sonolência. Sabe-se também que, a exposição regular a elevadas doses de compostos orgânicos voláteis pode afetar o sistema nervoso, causar dores de cabeça, problemas no fígado, e falta de memória. No que respeita à matéria particulada, é conhecida a sua relação com problemas respiratórios, tais como a asma e a bronquite.

O trabalho aceite, desenvolvido sob orientação dos professores Sérgio Ivan Lopes e António Curado da ESTG-IPVC, centra-se no desenvolvimento de um protótipo de baixo-custo baseado em tecnologias da Internet das Coisas (IoT), e permite a monitorização continua da qualidade do ar interior em contexto de sala de aula. O protótipo desenvolvido tem capacidade para medir múltiplas variáveis, tais como, dióxido de carbono (CO2), temperatura, humidade relativa, matéria particulada (PM10 e PM2.5) e compostos orgânicos voláteis totais (TVOCs). A arquitetura proposta usa tecnologia de comunicações LoRa, a qual permite a comunicação de longa distância, com um baixo consumo de energia, viabilizando a operação deste tipo de equipamentos por longos períodos de tempo (até 10 anos), com recurso a uma pilha convencional.

Publicado em 13.10.2020

António Abreu, finalista do curso de ERSC apresenta o protótipo desenvolvido