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MENSAGEM DE ANO NOVO DO PRESIDENTE DO IPVC

Caros Professores, Funcionários, Alunos e comunidade

Que todos tenham tido um feliz Natal.

A mudança de ano é um momento apropriado de algum olhar o passado e, mais comummente, de enchermos o futuro de desejos.

O ano que acabou foi dos mais complexos da vida da nossa Instituição. Tivemos graves problemas em matéria do regular funcionamento dos órgãos institucionais, tivemos processos eleitorais em várias escolas, tivemos a fase principal na adaptação ao processo de Bolonha, com a natural tensão que uma mudança desta natureza e dimensão implica, ampliada pelo inacreditável calendário a que se viu sujeita.

A diminuição do número de alunos na instituição, que se vinha verificando nos últimos anos, impôs-nos, por sua vez, restrições orçamentais a níveis nunca experimentados, o que obrigou a uma gestão orientada sem deslize e apenas para o valor da despesa e alheia a qualquer investimento, por mais sentida e justificada que fosse a sua necessidade. Isto é, fomos iguais ao resto do país. Em troca pedimos tão-só compreensão e tolerância. Este cenário agravava-se pela pouca fé de alguns e receio de todos no desempenho do IPVC em matéria de colocações de alunos no ano 2006/2007, única forma de inverter um pouco a situação. A significativa redução do número de candidatos ao ensino superior, oriundos do ensino secundário, e a forma como se previa que esse facto nos poderia atingir, levava a que se vaticinasse o desaparecimento de escolas inteiras e ao encerramento em massa de cursos, colocando toda a instituição numa elevada tensão.

Na envolvência, tanto do ensino superior como global do país, vivia-se o clima das grandes crises, caracterizado pelo pessimismo e pela falta de fé no futuro. Vivia-se a inquietação e a insegurança que precedem e acompanham as grandes reformas, sentimento mais intenso ainda quando não se conhece o exacto sentido das mesmas, as concretas alterações que pretendem introduzir e as suas implicações na vida das pessoas. Este foi outro dos factores favorecedores de tensão. Como exemplo, o Ensino Superior Politécnico viveu, nos últimos meses, a síndrome da extinção (expresso em intenções de esquartejamento e propostas de compra a retalho), que muita comunicação social e muitos agentes do sistema no terreno não se cansavam de anunciar, profetizando que essa seria a sentença que haveria de vir a ser legitimada pelo relatório encomendado à OCDE pelo governo, muito embora nunca tivesse havido nenhum facto político expresso face ao qual, por exemplo, pudéssemos discutir ou tomar posição.

Felizmente o referido relatório é claro sobre o mérito do Ensino Superior Politécnico em Portugal, pese o seu ainda curto passado, e, sobretudo, responsabiliza-nos por grande parte do sucesso do país, no futuro ─ o que constitui para nós um extraordinário desafio. Atendam-se, ainda, as declarações do Senhor Primeiro-ministro, dias atrás, no último debate parlamentar sobre o assunto, onde declarou que é urgente inverter a pirâmide da frequência de alunos, por subsistema, no ensino superior. Isto é, o Ensino Superior Politécnico deverá ser frequentado pela maioria dos alunos do ensino superior.

Por fim, 2006 fica marcado pela dor do desaparecimento do saudoso Professor Lima de Carvalho, o grande líder do nosso crescimento institucional.

 

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