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II FIGAC

2ª EDIÇÃO DO FIGAC FECHOU COM NOTA POSITIVA

Voluntariado Cultural em destaque num programa repleto de actividades e convidados

Iniciativa regressa no próximo ano

Realizou-se, este fim-de-semana, o II Fórum Internacional de Gestão Artística e Cultural – Figac'11 -, organizado pelos finalistas do Curso da Licenciatura de Gestão Artística e Cultural, da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viana do Castelo.

Subordinado ao tema do 'voluntariado cultural', o evento, que decorreu nos dias 2, 3 e 4 de Junho, assinalou esta segunda edição com a presença de vários convidados nacionais e internacionais, incitando a comunidade académica, e a cidade em geral, a reflectir uma vez mais sobre questões relacionadas com o sector das artes e da cultura.

Incrementar a visibilidade do voluntariado cultural e promover o envolvimento das estruturas de produção e difusão artística com a comunidade: eis algumas das ideias debatidas pelo Figac'11, ao longo dos três dias de programação. Workshops, concertos, sessões de cinema e performances completaram o restante cartaz, que contou com o apoio da 'Ao Norte' e apresentou, entre outros, a performer Margarida Mestre, a artista plástica Manuela Pimentel, o projecto musical Dark Season, a Associação Fábrica de Movimentos, a dupla experimental Von Calhau!, e ainda os colectivos Cinema de Almofada e Arte Total.

Recordando aos participantes que em 2011 se comemora o Ano Europeu do Voluntariado, e que o voluntariado também pode exercer-se no sector das artes e da cultura, o mote foi dado na sessão de abertura, com João Catalão, Tino Baz e Manolo Soto. Numa conversa moderada por Rudesindo Soutelo, docente da ESE-IPVC, e abrilhantada por excertos de música e canto em galego, o trio de ilustres realçou a importância do trabalho voluntário em projectos culturais, lançando o desafio aos presentes e à sociedade civil, mas também às instituições e às entidades públicas.

Ainda a este propósito, o investigador britânico, Christopher Maughn, que repetiu este sábado a presença do ano passado, optou por destacar a sua experiência pessoal, referindo, por exemplo, que o Leicester Comedy Festival, com o qual trabalha desde 1993, nasceu e cresceu através do impulso de um grupo de voluntários. Numa conferência onde se debateram os conflitos internos e as dificuldades do voluntariado cultural, Paulo Brandão completou o duo de conferencistas, acentuando a importância da formação neste contexto, sobretudo em condições, como é o caso de Portugal, em que a descentralização cultural se revela tardia e incipiente. De acordo com o antigo director artístico do Theatro Circo, em Braga, é preciso desmistificar a ideia de que o voluntariado cultural é sinónimo de amadorismo. Foi, aliás, com o exemplo do próprio Figac, que vincou essa diferença.

Recorde-se que a iniciativa surgiu em 2010, com o intuito de projectar a licenciatura de Gestão Artística e Cultural e os primeiros finalistas do curso, mas tenciona afirmar-se na cidade como um espaço de diálogo cultural, debate de ideias e fruição artística, reunindo para o efeito profissionais das artes, alunos, docentes e público em geral. Para isso, a realização do evento conta com o apoio de diversas entidades, para além do Instituto Politécnico e da Escola Superior de Educação de Viana do Castelo, tais como Governo Civil de Viana do Castelo, Câmara Municipal de Viana do Castelo, Instituto Português da Juventude, INATEL e a Associação de Estudantes da ESE, entre outros.

Com um balanço classificado como 'positivo' pelos elementos da organização, a segunda edição do Figac encerrou, sábado à noite, com a promessa de voltar já em 2012. A festa de encerramento ficou marcada pelo concerto de Von Calhau!

 

Publicado em 08.06.2011

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