Equipa do IP de Setúbal vence o concurso dos IP empreendedores e Bragança e Coimbra ocupam os restantes três primeiros lugares

Presença de Macau e início de contactos com Moçambique lançam a internacionalização do concurso

O projecto “Smartpaint” do Instituto Politécnico de Setúbal foi o grande vencedor da sétima edição do concurso nacional Poliempreende. O segundo lugar foi para o projecto oriundo do IP de Bragança, “3DTech Pró”, sendo que o terceiro lugar foi ocupado pelo projecto do IP de Coimbra, “Dynamic Systems Energy”.

O projecto vencedor desta edição, que foi coordenada pelo Instituto Politécnico de Viana do Castelo, propõe a produção de tintas inteligentes e amigas do ambiente que mudam de cor com a temperatura ou com o grau de deformação do objecto que revestem, de uma forma quantitativa.

Segundo os promotores “estas tintas apresentam potencial para preencherem vários nichos de mercado”, tanto no sector Industrial (na monitorização do grau de deformação de peças constantemente sujeitas a tensão ou que sofram degradação térmica acima de um dado limite de temperatura, com vista a substituições preventivas), como em Arquitectura (permitindo criar espaços interactivos: pisos que mudam de cor ao serem percorridos, paredes cuja cor se altera ao longo do dia, por variação térmica, etc.), como ainda em Design (produção de louças que mudem de cor ao longo da refeição, cinzeiros para bares, brinquedos, etc.) ou mesmo em Publicidade.

A “3DTech Pró”, projecto classificado em segundo lugar, surge da necessidade, cada vez mais evidente, de obtenção de modelos físicos para análise, estudo, visualização ou, inclusivamente, para aplicações funcionais. Pretende ser uma empresa especializada na produção de modelos físicos sólidos gerados a partir de dados provenientes quer da modelação geométrica computacional, quer da imagiologia médica ou, ainda, da digitalização tridimensional. A empresa estará habilitada a produzir modelos para utilização médica, nas vertentes educacional e de análise pré-cirúrgica, modelos para utilização nas áreas das artes ou com utilização em maquetas.

Já os terceiros classificados levaram em conta que “a energia e o seu consumo têm sido um tema actual que preocupa todos os governos mundiais. E muitos deles optaram por uma solução: a energia renovável. Esta pode ser obtida de várias maneiras tais como: o vento, o mar, o meio geológico, etc. mas quando se pretende usufruir dessa mesma energia para o seu consumo próprio, as soluções existentes ainda são bastante limitadas”. “Para resolver este problema propõe-se uma nova solução, o Gerador Magnético. Este equipamento pode ser associado a todo tipo de equipamentos eléctricos e electrónicos, para além de servir como fonte de energia, pode também auxiliar em determinadas situações de emergência, permitindo assim, que este funcione sem estar ligado à rede”.

Publicado em 29 de Setembro de 2010