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Exposição
Arte na Leira é um “caso muito sério para a arte nacional”

IPVC volta a marcar presença com trabalhos de alunos, docentes e funcionários da Academia

Politécnico vianense passou também para a organização do evento

A décima edição do “Arte na Leira”, na Serra de Arga, em Caminha, arrancou no sábado, 19 de Julho, com a presença de centenas de pessoas que não quiseram faltar àquilo que, a presidente da Câmara Municipal de Caminha, Júlia Paula, considerou ser um “caso muito sério para a arte nacional”.

“Na arte e na cultura uma vida de dez anos tem que ser destacada e aplaudida. Pela irreverência, acompanhada sempre pelo seu grande profissionalismo, o pintor Mário Rocha e a Associação Arte na Leira conseguiram um caso muito sério para a arte nacional”, disse, a autarca, durante o seu discurso na inauguração do evento. A título de exemplo, Júlia Paula relembrou que ao evento “têm vindo personalidades, com ideais transversais a partidos e governos, para apreciar esta forma de fazer cultura”.

“Temos aqui uma jóia (n.r. Serra de Arga) que queremos explorar no bom sentido, com projectos inovadores, como este, que possam constituir referência quer em termos turísticos, ambientais, culturais ou gastronómicos”, concluiu a autarca caminhense.

O Governador Civil de Viana do Castelo, Pita Guerreiro, considerou que “quando o pintor Mário Rocha, há dez anos lançou, este evento muitos seguramente tiveram sérias dúvidas sobre a sustentabilidade deste projecto. Não era fácil acreditar que num local tão ermo como é a Serra de Arga, um projecto de índole cultural - que normalmente é lançado em meios populacionais grandes e zonas metropolitanas - tivesse pernas para andar”. No entanto, Pita Guerreiro constatou que temos hoje já uma ideia clara que a Serra de Arga é já em si só um evento atractivo, pelo seu valor ambiental e ecológico.

Assim sendo este projecto está associado a este eco-museu vivo, e tem-se notado que, ano após ano, se regista uma maior adesão dos artistas, das mais diversas áreas, e do número de visitantes”.

Pragmático, Mário Rocha, considerou que nesta décima edição, “o mais importante é pensar no que se vai fazer no ano seguinte”, pois assim garante-se que o evento chegará “às trinta ou quarenta as edições”.

Relembrando que “tudo o que foi feito, se conseguiu com os amigos que me deram o apoio, fazendo com que por aqui passassem imensos artistas de renome nacional”, o pintor considerou, no entanto, que “ao fim de dez anos que se deve mudar um pouco”. O objectivo passa pelo chamamento “da juventude para que eles próprios peguem na organização do evento, apenas com a supervisão da associação para garantir que não se perde o espírito”.

“Pedi ajuda ao Instituto Politécnico de Viana do Castelo por que tem pessoas com muito valor que podem desenvolver aqui um bom trabalho. Conto com a ajuda deles para o ano na organização deste evento que tem vindo a ganhar maior dimensão de ano para ano, exigindo assim maior entrega”, revelou ainda o pintor.

De salientar que a edição de 2008 do Arte na Leira conta com a participação de 50 artistas plásticos, entre os quais se referem Luís Coquenão, Jean Pierre Porcher, Maria Paredes, José Carvalho Araújo, Ana Cristina Azevedo, Marco Rooth, entre muitos outros. Estão representados, também, trabalhos provenientes de artistas do IPVC, da Associação Gravura do Porto e Externato Nossa Senhora do Carmo.

O IPVC volta, assim, a marcar presença com trabalhos de docentes, alunos e funcionários da Academia. Depois do ano passado ter sido convidado a participar pela primeira vez, esta edição trouxe a novidade do IPVC ter passado a ser, também, organizador, através da sua Oficina Cultural.

“Entendemos que a Arte na Leira deveria ser mais uma actividade do IPVC. Oferecemos os préstimos da nossa Oficina Cultural. Aceitaram. Estamos por isso encantados de sermos parceiros da Câmara Municipal de Caminha e do organizador, o pintor Mário Rocha”, disse, a propósito, o presidente do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, Rui Teixeira.

A Arte na Leira “há nove anos que inquieta a Serra de Arga, a região e o país, como é sua função e tão bem sabe fazer, pela mistura harmoniosa que faz a diferença, pois é uma manifestação que não se coíbe de pôr lado a lado artistas consagrados e novas promessas, muitas delas que se virão a confirmar”, relembrou ainda Rui Teixeira.

De salientar que Francisco Trabulo, Ricardo Lário, Vítor Silva, Vânia Kosta, Sílvia Castro, Oquiniame e Conceição Trigo são os artistas provenientes da Academia do IPVC que têm trabalhos patentes na edição deste ano.

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