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Sobral Centeno
Oficinal Cultural comemora segundo aniversário

Caminhos de Sobral Centeno

Sobre a exposição e Sobral Centeno, a comissária da exposição, Maria Antonieta Vaz de Morais, considera que acompanhando Sobral Centeno pelos próprios “ Caminhos”, que ele delineou para esta exposição, questionamo-nos e percorremos o nosso olhar sobre algumas formas simbólicas (cabeças, serpentes, escadas, cruzes, etc.), que nos fazem reportar a significações de carácter antropológico e mítico, num discurso de memória e de imaginação.

Mergulhados numa junção de cores primárias e contrastantes explodindo em todas as direcções, estes signos exaltam-nos para um tipo de experiência para além da experiência, retomando e restituindo muitas das narrativas individuais e históricas do artista e onde podemos descobrir parte da nossa identidade, do nosso sentir e do nosso advir.

O imaginário próprio do artista, inquieto, crítico, enigmático num palco de relacionamentos quotidianos, enriquecido pela cultura da mentira, do fingimento, dos conflitos, faz-nos procurar nas suas composições dinâmicas elementos figurativos carregados de uma emotividade voluntária, que permitem desconstruí-las para compreendê-las e apreendê-las para compreender a existência humana e universal.

Pela sua pujança plástica, pela expressividade do puro gesto, recorrendo às cores primárias e ao branco e negro, cada forma entra numa relação enigmática de sentido com as outras num mar de matéria densa, que estabelece um dinamismo único no espaço pictórico.

Na trabalho de Sobral Centeno há continuidade e ruptura, numa encruzilhada de caminhos, lugares, e territórios percorridos, sofridos, sonhados, num constante questionar existencial sobre o visível e o invisível, sem nunca nos levar ao limiar do palpável, convertendo a sua obra na poética da prática artística.

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