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MENSAGEM DE ANO NOVO DO PRESIDENTE DO IPVC
Balanço de 2006

Como respondeu a Instituição a um ano de tanta adversidade?

Com sinais de tensão, naturalmente, igual ao país, em simultâneo com provas de PROFUNDA MATURIDADE INSTITUCIONAL, de um grande sentido de MISSÃO e do caminho a seguir e com uma grande SERENIDADE.

Fomos capazes de responder aos problemas institucionais surgidos com um profundo rigor, com a celeridade possível para estes processos, num clima de grande harmonia e entendimento.

A discussão da missão e das estratégias duma instituição é sempre tão aliciante quanto difícil, mas é quase impossível quando faltam certezas sobre a própria sobrevivência das instituições. Apesar deste cenário de fundo, pelo esforço de muitos, foi possível conseguir um corpo de princípios orientadores e linhas estratégicas, que aprovamos por unanimidade em Conselho Geral , pelas quais nos vimos guiando nos últimos meses, havendo condições agora para podermos pensar mais largo e mais fundo o futuro da Instituição. Faltam, ainda, é certo, conhecer as profundas alterações anunciadas pelo poder político para os próximos meses. Falo da natureza das próprias instituições e dos novos modelos de gestão. Sabemos, no entanto, que teremos um futuro próprio em volta da entidade - Instituto Politécnico de Viana do Castelo. ISTO É FUNDAMENTAL. Sejam quais forem as opções políticas sobre a natureza e os modelos de gestão, sabemos que o futuro estará, sobretudo, nas nossas mãos e naquilo que formos capazes (ou não) de idealizar e construir.

Neste sentido e aproveitando a minha condição de Presidente da APNOR (Associação de Politécnicos do Norte) obtive já a anuência dos IP's da região para, nos próximos dias, à luz do Relatório da OCDE e a partir das competências instaladas em cada Politécnico, trabalharmos na criação de uma forte estrutura no âmbito da investigação, de uma oferta formativa, aos vários níveis, coordenada e aferida à região e na potenciação da nossa capacidade conjunta na prestação de serviços que constitua uma verdadeira mais valia do Ensino Superior Politécnico para região. Este trabalho será rapidamente levado para discussão de pormenor no interior das nossas Instituições.

Fomos, ainda, capazes de fazer a adaptação ao processo de Bolonha de todos os nossos cursos e de apresentar alguns novos. Falta apenas o Curso de Licenciatura em Enfermagem, processo que está concluído por parte da Escola, mas que aguarda importantes discussões de nível nacional dos modelos de formação da profissão. O mesmo se passa com os da ESE em matéria de formação de professores.

O processo de adaptação não foi um processo isento de tensões. Não o foi em nenhum lado. Fomos, no entanto, capazes de conclui-lo com imenso sentido de responsabilidade institucional e com uma muita boa capacidade técnica.

Fomos, igualmente, capazes de construir uma resposta suficiente e própria para as dificuldades económicas em que nós próprios e todo o sistema de ensino superior está profundamente mergulhado, como é público, numa lógica de desenvolvimento de receitas próprias, que vimos a prosseguir com afinco e de modo sustentado. Pela primeira vez, no orçamento de 2007, verbas resultantes da participação das Unidades Orgânicas em projectos transversais são inscritas no próprio orçamento de estado. Esta postura, a par das medidas de correcção estruturais que têm sido tomadas pelas diversas Unidades Orgânicas, permitem-nos olhar o futuro com mais confiança na área do próprio equilíbrio económico e financeiro, área maior das nossas dificuldades. Estes resultados são, sobretudo, fruto do abnegado esforço de muitos, professores, funcionários, técnicos e até alunos que connosco colaboram, aos quais e em nome da instituição reafirmo a nossa profunda gratidão.

Definimos como linha prioritária da nossa acção o reforço da nossa união à comunidade, espaço nobre do exercício da nossa missão institucional. Fizemo-lo de modo multidimensional, desde a formação, à investigação, à prestação de serviços. Como resultado podemos dizer que o IPVC é hoje parceiro em todos os projectos estruturantes do desenvolvimento da região. Foi um lugar difícil de conquistar por razões múltiplas, mas onde chegamos para ficar. Hoje os nossos maiores e naturais parceiros de intervenção são as Associações de Municípios, as Associações Comerciais e Industriais, as Empresas, Associações Cívicas e Culturais, etc.

Recordem-se alguns dos mais significativos projectos em que estamos envolvidos:

  1. A construção do anel de fibra óptica, de que somos co-proprietários e que une todos os edifícios do IPVC na cidade e todos os edifícios da Câmara Municipal, o que permitiu que baixássemos cerca de 7 vezes os encargos com comunicações e nos coloca numa posição ímpar para a prestação de serviços na área das TIC;
  2. A modernização administrativa e digitalização das Câmaras Municipais da Valimar e apoio ao mesmo projecto no Minho, tarefa que nos foi solicitada pela Junta da Valimar, em reunião da própria Junta no IPVC;
  3. A criação de uma incubadora de empresas, aprovada há dias, em parceria com a Valimar e, mais directamente, com a Câmara Municipal dos Arcos, CEVAL e outros, a qual terá também um importante papel no âmbito do empreendedorismo;
  4. Desenvolvimento do estudo prévio, do projecto, elaboração de candidatura e parceria nas Redes Regionais Digitais do Minho e do Lima, que unirá por fibra óptica todos os concelhos da região, colocando de novo o IPVC, numa posição ímpar face à modernização da região e à prestação de serviços;
  5. Construção da Central Tecnológica Digital do IPVC, projecto de mais de 1 milhão de euros que ficará localizada nos Serviços Centrais e por onde passarão a ligação entre todas as Câmaras Municipais e os seus munícipes e nos permitirá actuar, de modo muito directo, sobre a modernização da região e nos permitirá a prestação de de serviços de elevado nível tecnológico.
  6. Criação da OTIC (Oficina de Transferência de Tecnologia e de Conhecimento) do IPVC. A OTIC é um serviço que o IPVC está a finalizar para dar apoio às empresas através da sua capacidade de facilitar, impulsionar e gerir a transferência de tecnologia e conhecimentos entre o meio académico e o tecido empresarial.
  7. Estes são alguns entre as dezenas de projectos em que o IPVC participa, em parceria com a sua comunidade. Há um número que, pelo seu significado, deve ser dito: há um ano e meio o valor dos projectos de parceria entre IPVC e a Comunidade era de pouco mais de 500 000€. Dentro de dias e com a assinatura de um novo projecto já aprovado, ultrapassaremos os cinquenta milhões de euros. Este valor representa mais de cinco vezes o orçamento de estado atribuído ao nosso Instituto. O sucesso na ligação à comunidade, para além de consequência duma dinâmica criada que permitiu conquistar a confiança destes parceiros, tem muito trabalho de elevado nível científico e técnico de muita da nossa gente, mais uma vez professores, funcionários e outros técnicos e alunos. A todos agradeço, também, profundamente. Prestaram um grande serviço à Instituição.

Uma observação que me parece pertinente. A implementação e gestão deste tipo de projectos pressupõem a existência de recursos humanos altamente qualificados que ultrapassam a capacidade de resposta dos recursos disponíveis na Instituição, obviamente. A possibilidade de contratação ao nível da função pública está, como é conhecido, fechada, mas também nunca foi esse o nosso caminho. Contratamos, preferencialmente, licenciados pelo IPVC a quem apoiamos no sentido de criarem as suas empresas individuais, passando, muitos deles, após cumprimento das regras da contracção pública, a serem nossos prestadores de serviços. Alguns deles voam já por sua exclusiva responsabilidade no mundo empresarial.

Internamente, ainda, prossegue com empenho da maior parte das pessoas, a implementação do Sistema de Gestão de Qualidade. Estamos à porta da certificação de muitos dos nossos processos de modo transversal à Instituição. Tem sido um processo custoso, como é natural, mas extraordinário do ponto de vista da melhoria da qualidade do serviço que prestamos, e, ainda, forma de tornar o trabalho mais atractivo e o IPVC, cada vez mais, numa única entidade. Obrigado a todos, também, pelo empenho e pelo trabalho que dão às várias frentes da modernização da nossa estrutura.

Temo-nos empenhado, ainda, em criar condições de facilitação para a existência de uma verdadeira vida académica. Agradeço à Federação e às Associações de Estudantes o extraordinária papel que têm tido nestes domínios, bem como o apoio que dão na promoção institucional.

Mas o facto de maior relevo foi o extraordinário crescimento do número de alunos no presente ano lectivo, a partir do normal contingente de acesso. Fomos a Instituição que mais cresceu no país, face ao ano anterior, para contentamento de todos nós e da região. O IPVC está no pequeno grupo dos que preencheram mais de 95% das vagas na primeira e segunda fases do concurso de acesso. Haverá, certamente, múltiplas variáveis para a explicação do facto. Mas, entre elas, seria falsa humildade e até injusto se não o referíssemos o extraordinário trabalho desenvolvido pelo Gabinete de Promoção e Imagem, que criámos, e de todos, e foram muitos, quantos com eles colaboraram. A Instituição está-lhes profundamente grata, também. No entanto, conforme opinião que expressei à generalidade dos Presidentes de Câmara e aos mais altos responsáveis políticos da região, muito atentos e até preocupados com a situação, as colocações no IPVC foram, sobretudo, um claro sinal do aumento da confiança da região no seu Instituto e na constatação da sua qualidade, que agora conhece melhor, fruto de um assertivo programa de promoção institucional, mas, também, um inequívoco sinal da progressiva atractividade da região e da sua crescente capacidade para a fixação de pessoas.

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