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Desenho infantil em fundo vermelho
Como abordar as ciências na educação pré-escolar motiva publicação

“A Criança e o Conhecimento do Mundo, actividades laboratoriais em ciências físicas” é o título do livro da autoria de Ana Maria Coelho de Almeida Peixoto, docente da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viana do Castelo [ESE-IPVC].

Este livro, que é fundamentalmente dirigido aos Educadores de Infância, constitui-se como uma indispensável ferramenta de trabalho para estes docentes, na medida em que, não só reflecte acerca do processo de aprendizagem na criança, como indica quais as melhores formas de abordar a área das ciências na educação pré-escolar .

Quando em Portugal tanto se apregoa um ensino que incida fundamentalmente nas áreas das ciências e da tecnologia, este livro apresenta-se como um óptimo instrumento de reflexão e trabalho nesse sentido, especialmente porque nos explica como implementar actividades laboratoriais das ciências nas mais tenras idades.

Ana Peixoto comenta, a propósito, que “desde os primeiros anos de vida, as crianças vão construindo ideias acerca dos fenómenos físicos que observam no mundo que as rodeia. Quando ingressam na Educação Pré-Escolar usam essas ideias para compreender muitos fenómenos físicos e para explicarem a sua ocorrência. Muitas vezes, os Educadores de Infância não estão conscientes da existência dessas ideias e conduzem as crianças à exploração do mundo como se tratasse do primeiro contacto da criança com os fenómenos físicos em causa” referindo ainda que “diversos autores atribuem esta postura à insegurança científica e metodológica destes profissionais e ao seu receio em serem questionados pelas crianças relativamente a assuntos que dominam pouco. Esta insegurança pode ser devida à escassez de formação no domínio das ciências, facultada a estes profissionais durante o ensino secundário e superior. Esta falta de formação é particularmente relevante no caso da Física e da Química, dada a pequena expressão que as ciências físicas têm nos currículos dos cursos de formação de Educadores de Infância, e pode também justificar o baixo recurso a actividades laboratoriais, especialmente neste domínio, por parte destes profissionais, bem como o facto de as actividades laboratoriais implementadas serem, geralmente, do tipo ilustrativo, com procedimento desenhado e executado pelo Educador de Infância, e não explicitamente relacionadas com os conhecimentos prévios das crianças” explicou a autora.

Os resultados da investigação descrita neste livro apontam para a necessidade, não só de uma reformulação dos currículos da formação inicial de Educadores de Infância, de modo a incrementar a formação científica e metodológica dos novos profissionais, mas também, de um maior número de acções de formação no âmbito das ciências físicas, em geral, e do seu ensino com recurso a actividades laboratoriais, em particular, a fim de reforçar a formação destes profissionais em serviço e de contribuir para que as crianças comecem, desde cedo, a olhar mais crítica e interessadamente para o mundo que as rodeia.”

O livro foi lançado pela Editorial Novembro, na sua colecção “NEXUS”, e encontra-se já à venda nas principais livrarias portuguesas.

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